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Turnover… and Over

Os altos índices de turnover e a consequente baixa capacidade de retenção de mão de obra operacional tem sido motivo de preocupação de gestores na área de Hotelaria Hospitalar.

Além do desperdício de todo investimento com processos de recrutamento; seleção; treinamento; impostos; burocracias e até com o desligamento, a alta rotatividade compromete de forma direta a qualidade dos serviços prestados, dificultando a conquista e manutenção dos padrões almejados e estabelecidos.

Então, quando colocamos na balança esses gastos somados ao prejuízo resultante da instabilidade da qualidade e falta de padronização nos serviços prestados, é lógico concluir que injetar recursos em estratégias para aumentar a retenção, não é  meramente um investimento e sim necessidade vital.

Para quem pensa que apenas melhorar o salário e oferecer plano de saúde é garantia de ter todos os seus problemas resolvidos, segue um trecho do trabalho “Comunicação e Cooperação, a Importância da Interação Social para Saúde Física e Organizacional” que escrevi com base na primeira literatura disponível sobre Planetree.

(…) Contrário ao que normalmente se pensa, o que é mais valorizado pela equipe é:

  • Ter um trabalho interessante;
  • Ser reconhecido pelo trabalho realizado;
  • Estar inteirado / atualizado dos acontecimentos no local de trabalho.

(estudo realizado por Kenneth Kovach, 1987. Fonte: Putting Patients First, 2003  1ª Edição)

As prioridades relatadas exigem: bom relacionamento entre a equipe; desafios e competitividade saudável; apreciação sincera não por estarem fazendo apenas sua obrigação, mas por estarem realizando seu trabalho de maneira excepcional; comunicação interna eficaz e de duas vias (o funcionário é informado e também é ouvido). Nenhum dos itens implica em mais benefícios, maiores salários, segurança no emprego ou possibilidade de promoção, mas deixam clara a importância da interação social, comunicação e cooperação nas relações humanas para a satisfação no trabalho.

Em outras palavras, podemos considerar a valorização, conscientização dos colaboradores sobre o foco nos resultados (e não simplesmente nas tarefas) e clima organizacional como fatores determinantes para manter pessoas motivadas dentro do quadro.

Mas como isso poderia ser traduzido na prática? Qual seria sua estratégia para diminuição dos índices de turnover de equipes operacionais?

Estaremos promovendo uma premiação para os 3 melhores comentários, avaliando:

  • Originalidade;
  • Viabilidade de Implantação e
  • Comprovação de Resultados.

Mantenha-se conectado, poste suas ideias e conheça em breve a Comissão de Avaliação das respostas e os prêmios para os vencedores.

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Um Comentário

  1. Na área da saúde, turnover predomina na linha de frente (elenco, recepção). O motivo talvez esteja no fato destas posições não exigirem uma profissão definida. As posições sao ocupadas por pessoas que buscam um trabalho que nao exige elevada capacitação técnica, com horário de trabalho fixo, atendendo as necessidades básicas de sobrevivência enquanto freqüentam curso que habilite na profissão escolhida. Tão logo se graduem buscam trabalho na área escolhida. Desta forma, nao estão motivadas o bastante para se comprometer no grau que esperamos. Alem disso, o elenco de frente recebe o primeiro impacto das exigências dos usuários e devem obedecer a padronização exigida na atenção a saúde. Isto limita o poder de decisão destes colaboradores que receberam a difícil tarefa de colocar o paciente em primeiro lugar. Empowerment encabeçada a lista de satisfação do colaborador na organização.
    Neste sentido, a organização em saúde deve investir na educação e treinamento que os capacite em processos específicos da saúde elevando a percepção do aumento da empregabilidade nesta área, e da possibilidade de conquista de postos “mais elevados”. Transmitir as possibilidades da interdisciplinaridade na saúde, aproveitando a escolha da formação do colaborador dentro da organização, eleva a fidelizacao destas pessoas.
    Marinho Jorge Sacarpi

  2. Nas regiões em que presto consultoria percebo o desinteresse na capacitação técnica das equipes e nos investimentos em tecnologia para a execução do trabalho.Dessa forma os operadores são meramente faxineiros, não pertencentes ao meio ambiente hospitalar no sentido de valorização e interferência ao bem estar do paciente.
    Isso transmite um sentimento de desobrigação, de último nível da piramide, não reaçando o real valor desse departamento na instituição e colaborando com a falta de estímulo para a profissão.
    Valorização profissional, capacitação técnica, tecnologia para as operações certamente elevariam o índice de interesse na profissão.
    Anny Cristine Rosa

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