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Diretor de Organização Internacional Atesta Humanização no Einstein

Diretor de organização internacional atesta humanização no Einstein
Fonte: Hospital Albert Einstein Notícias

No final de agosto, o Einstein realizou o I Simpósio Internacional de Hotelaria Hospitalar, com a presença de profissionais de hospitais de todo o País. Um dos palestrantes do evento foi o americano Michael Lepore, que é diretor de qualidade, pesquisa e avaliação do Planetree – uma organização internacional, sediada nos Estados Unidos, que auxilia e audita hospitais de todo o mundo interessados em humanizar o seu atendimento.

Michael Lepore esteve no Brasil para participar do evento e realizar a auditoria final com vista à designação do Einstein como um hospital que atende aos princípios de humanização do Planetree.

Ele concedeu uma entrevista ao portal do Einstein, em que explicou o conceito da sua organização. Nela, avaliou os serviços prestados pelo hospital e falou sobre como o Einstein vem se aproximando, cada vez mais, na visão do Planetree.

Confira abaixo.

Qual o conceito do Planetree?

Posso dizer que é sobre o cuidado focado no paciente, mas usando uma forma mais brasileira de descrever, diria que é um cuidado mais humanizado. Quando eu digo cuidado focado no paciente, posso passar a idéia de um foco somente nele, mas o termo humanizado captura melhor o bom tratamento dos profissionais, dos familiares e do paciente em si. O Planetree é também uma filosofia, mas dá ferramentas às organizações para facilitar o alcance dos seus objetivos de humanização dos seus serviços.

O que é o Planetree?

Somos uma rede de organizações afiliadas e temos membros em todo o mundo, como no Brasil, mas também no Japão, Canadá, Holanda e Estados Unidos. As organizações filiam-se ao grupo e nós damos a consultoria. Basicamente, temos 60 critérios que os hospitais devem evidenciar. Durante as auditorias, fazemos grupos com pacientes, familiares e colaboradores para verificar se o que está documentado está realmente sendo realizado na prática.

Como o Planetree começou?

O Planetree começou em 1978. Uma paciente de nacionalidade argentina necessitou de um hospital em São Francisco. O Hospital salvou a sua vida, utilizando-se de todos os procedimentos clínicos necessários, mas o atendimento foi frio e nada humanizado. A paciente imaginou como um hospital deveria ser, que é como o Einstein está se tornando. É um lugar onde as pessoas se sentem bem-vindas, os familiares se sentem bem-vindos. Só de estarem nesse lugar, as pessoas já se sentem sendo curadas.

Você palestrou em um evento no Einstein com a participação de profissionais de todo o país. Qual a importância de levar essas informações para um grande número de pessoas?

Acho que o mais importante é que não foi somente a minha opinião, ou a voz de apenas um indivíduo, pois falaram também a Rita Grotto, gerente do SAC do Einstein, e a Ana Augusta Blumer Salotti, da Unimed. Parte da filosofia Planetree é compartilhar a sua experiência. E uma das melhores coisas de compartilhar o ideal do Planetree, para mim, foi reconhecer a importância de ser sensível às diferenças culturais. Não é uma questão centrada nos Estados Unidos.

Como a sua formação em sociologia influencia o seu trabalho na área da saúde?

Na minha formação de sociologia, foquei meus estudos e minha dissertação na satisfação e motivação de profissionais do cuidado de saúde. A minha pergunta era sobre por que eles haviam escolhido trabalhar na área da saúde e por que nesse ou naquele hospital. Uma das respostas mais comuns é que essas pessoas acreditam em fazer o bem e acreditam em cuidar de outras pessoas como algo que traz sentido à sua vida, e o Planetree apoia isso. Não é só uma questão do paciente precisar de um medicamento, mas de desenvolver relações, de conhecer bem os pacientes, os seus familiares. E o Planetree vai além na atenção em ajudar a comunidade. O que a gente propõe, e apóia que o Einstein faz, é o investimento em educação e bons serviços. E vemos isso tomando vida aqui. Em relação aos colaboradores, dá a eles orgulho de trabalhar no Einstein, porque sabem que não estão atendendo somente a uma população privilegiada, mas sim servindo a comunidade.

Como descreveria os serviços e o atendimento do Einstein?

Sou um sociólogo e não posso falar sobre a qualidade médica, apesar de, no meu entendimento, perceber que ela é excelente. Posso falar da qualidade social, a qualidade de interação humana, e eu acho que isso tem a ver também com uma característica brasileira. O Einstein é caloroso, é acolhedor, você se sente bem estando aqui. Como a visão de nossa fundadora, sobre as pessoas quererem um lugar onde apenas estar lá já é curativo. E essa é a sensação que os pacientes levam pra casa. De que foi uma experiência muito boa. E muitos pacientes vêm de longe, de vários lugares do Brasil para isso.

Publicado em setembro/2011

Faça dowload da apresentação aqui: 1ª Palestra Sobre Planetree no Brasil

AnaAugustaHotelariaHospitalarAna Augusta Blumer Salotti

Idealizadora, criadora e principal colunista do site HotelariaHospitalar.Com.

Especialista em reestruturação da área de hotelaria nos hospitais com foco em certificação de qualidade e humanização, sendo palestrante em eventos nacionais e internacionais.

Sócia fundadora da empresa Hotelaria Hospitalar Comunicação e Treinamentos, possui MBA em Gestão em Saúde, Pós Graduação em Hotelaria Hospitalar e Graduação em Hotelaria.

Autora do trabalho “Análise das Contribuições do Modelo Planetree para a Prática de Hotelaria Hospitalar”, a ser disponibilizado em breve.

Clique aqui e confira as publicações de Ana Augusta para Hotelaria Hospitalar.com.

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Um Comentário

  1. A palestra sobre o planetree foi esclarecedora. Podemos notar a abrangência do projeto, que se preocupa não só com o paciente,mas também familiares e com os colaboradores do Hospital. Parabéns mais uma vez, o evento foi maravilhoso. Espero poder contar com a presença de voces em outras ocasiões.
    Maria Helena Peraccini

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