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Acabou o Enxoval, e agora?

Quem nunca passou pela experiência de receber uma ligação de solicitação de determinada peça de enxoval e você olhar em volta e reconhecer que “não tem” “acabou o enxoval” ou ainda “onde foram parar as peças que eu acabei de colocar em uso”?

Confesso que tive uma experiência marcante com a falta crônica de enxoval em um hospital que fui responsável pela coordenação da área de hotelaria. Eu tinha a impressão que nenhuma compra era capaz de suprir a necessidade da assistência, como se as peças estivessem escoando para um buraco negro.

Brincadeiras à parte, pode sim haver uma espécie de “buraco negro” para onde seu enxoval esteja indo. Esse “buraco” são todas as falhas no processo de controle, que podem levar à má utilização, evasão, estoques clandestinos (aqueles que o pessoal esconde prevendo a falta) e altos índices de baixas evitáveis, ocasionando a falta de enxoval como consequência.

Mas existe solução para o seu caso! =)

Precisamos sim fechar os vazamentos: melhorar o planejamento e controle de distribuição interna, ter ferramentas para avaliar a lavanderia, realizar ações para reduzir as baixas por má utilização e lutar para acabar com os índices de evasão. Mas essa solução só começa quando você identificar a quantidade de enxoval necessária para suprir as necessidades do hospital por 24 horas. Sem a quantidade adequada, a falta será uma consequência, independente dos seus esforços para controlar os outros processos.

Imagine o seu hospital em plena capacidade de funcionamento: com o pico de cirurgias, pico de internação, pronto socorro lotado e o maior índice de ocupação possível. Você teria hoje a quantidade suficiente de peças de enxoval para atender essa demanda?

Isso é o que chamo de “quantidade ideal”.

Como identificar a quantidade ideal de enxoval?

Você pode multiplicar a quantidade de leitos pela quantidade de trocas em um dia ou você pode avaliar o seu histórico da lavanderia e escolher uma amostragem dos 5 dias de maior peso enviado, incluindo uma margem de segurança de 10%.

Esse número precisa ser multiplicado por 4 ou 5, como já sabemos: 1 parte estará em uso, outra estará nas rouparias (seja a rouparia central ou as rouparias satélites, ou dos andares), outra estará lavando e a 4ª estará “descansando”. Há controvérsias para esse descanso, comentaremos sobre isso em outra oportunidade. A quinta parte seria para segurança, você pode colocar em uso ou manter limpo, embalado, dentro das condições adequadas de armazenamento em um estoque pronto para ser utilizado em casos de contingência.

O que fazer depois que você identificar a quantidade ideal?

Identifique a quantidade real (quantas peças você tem de cada tipo) e faça as contas de quantas peças você precisa para corrigir essa defasagem.

Como falei anteriormente, isso é só o começo: não basta corrigir a quantidade ideal e achar que tudo está resolvido.

Mas falaremos sobre os próximos passos nos próximos posts!

Mantenham-se conectados!

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